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"O Olho é um teatro por dentro. 

E às vezes, sejam atores, sejam cenas,

e às vezes, sejam imagens, sejam ausências,

formam, no Olho, lágrimas"

Cecília Meirelles

Gigi Barreto Estúdio | Quem Somos
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ESTÚDIO DE CRIAÇÃO

Gigi Barreto é um nome que pertence à Cenografia Brasileira Contemporânea. 

Seus primeiros contatos profissionais com a arte deram-se ao lado de ícones como Helio Eichbauer, Rubens Gerchman, Gringo Cardia. Em 2008 passa a assinar suas criações, em 2010 funda o Escritório de Arte, e em 2016 cria o Gigi Barreto Estúdio. De 2008 pra cá, a cenógrafa contabiliza mais de 150 projetos. 

 

O marco da carreira solo acontece no CD Milagreiros, de Djavan, do qual assina a capa do disco e a cenografia do show. Depois vieram a turnê Cavaleiro Andante, de Gabriel, o Pensador; o show Perfume de Sim, de Vanessa da Mata; o Prêmio Anu, da Cufa (Central Única das Favelas); a 1ª Semana de Arte, promovida pela Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro; o Prêmio Orilaxé; a edição brasileira da Première Vision, em São Paulo. 

 

Entre as cenografias mais recentes, Gigi traz com entusiasmo a Shakespeare House, criada para celebrar os 400 Anos de William Shakespeare, na FLIP (Feira Literária de Paraty), projeto que ocupou os espaços de uma capela, inclusive um cemitério que virou cinema; três edições do programa Globo de Ouro, do Canal Viva, da Globosat; o cenário do programa Poesia e Prosa, do canal Arte 1. A artista também destaca o espetáculo Portátil, do grupo Porta dos Fundos; e Roma, da Cia de Teatro Íntimo. Gigi também é cenógrafa da Cia. Buraco da Lacraia.  

 

Contando com especialistas que seleciona rigorosamente para atender às necessidades de cada encomenda – arquitetos, aderecistas, engenheiros, iluminadores, paisagistas, fotógrafos, entre outros – Gigi capta cada novo universo, em filigranas. Seja para atender um produto artístico, seja uma iniciativa comercial, seu ofício é o de sempre: transmutar em “emoção visual” um conceito único, que somente ao cliente pertence. Assim fez com uma cantina de massas ao mergulhar todo o espaço em grafismo xadrez, uma mágica caixa cênica em pleno restaurante, levando os clientes a sentirem-se dentro de uma típica toalha italiana.

 

Os resultados diversos são ideias que se materializam de diferentes maneiras, muito embora unam-se em uma linguagem marcante, formando, ao longo da carreira da cenógrafa, um belo mosaico, inteligente e harmonioso. Cada cenografia de Gigi Barreto é testemunho de uma inspiração singular e, igualmente, compõe a identidade do conjunto de sua obra.

LINGUAGEM

Engana-se quem pensa que cada novo projeto de Gigi Barreto é um papel em branco. Diante de um novo trabalho, a inspiração da cenógrafa é disputada por todas as viagens que realizou, memórias remotas e recentes, vivências, sons e imagens que compõem um repertório infinito de possibildades. Essa fonte, auto-sustentável e abundante, é a própria vida. Desse manancial inesgotável Gigi retira alimento para potencializar um elemento-chave dentro do universo pictórico. Começam os croquis feitos à mão, depois as maquetes em 3D, as maquetes físicas, pesquisas de material, testes de montagem. No entanto, o alvo do trabalho ainda não perdeu de vista o intangível, pois mantém como meta o Afeto, o Arrebatamento – assim mesmo, com a primeira letra maiúscula.

 

Foi pra falar de Afeto que Gigi usou 16 mil metros de corda vermelha para enlaçar todo o Parque Lage (RJ) – o prédio, o jardim, a mata –, criando um só corpo que sugeria os caminhos percorridos pela identidade cultural da arte carioca. Um único elemento expandido. “Contar uma história usando mil elementos é fácil. Fazer isso com um único elemento tem que ser preciso”, explica a artista. O minimalismo tem ensinado à Gigi Barreto que uma simples ideia pode tornar-se grandiosa. Por isso simplifica, retira o que está sobrando. Não há lugar para o que não tem sentido, nem força. Assim foi para homenagear a obra A Tempestade, na Shakespeare House, dentro de uma capela, em Paraty (RJ), onde criou uma grande escultura formada por mil pedaços de papel que pendiam do teto, numa busca incessante e obssessiva por expressar, a partir de um único material, a potência de um conceito que encerra tantos significados. Um único elemento, desta vez encolhido, multiplica-se.  Não tarda e a cenógrafa expande novamente, às vezes à sensação de infinito, como acontece no cenário do programa Poesia e Prosa, do canal Arte 1, onde as paredes são enormes e o humano se revela vulnerável. O mesmo ocorre no fundo infinito da caixa cênica de Portátil, peça teatral do grupo Porta dos Fundos, que apresentava, a cada sessão, uma nova história. 

Expansão e recolhimento são ritmos da respiração, do ser vivo, da natureza. Através de um elemento, expandido ou comprimido, múltiplo ou único, mínimo ou gigante, o minimalismo aparece como liguagem, na obra de Gigi Barreto, sempre exuberante. 

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